quinta-feira, 27 de setembro de 2012




   um gosto
   sentido
   na alma
   palavras
   ditas
   sentidas
   um cheiro
   a voz?
   quem sabe...
   alguém te sabe
   e isto é muito bom
  

domingo, 16 de setembro de 2012



   escorre
   entre
   a pele
   úmida
   eu te
   devoro
   bebo
   tua
   boca
   invado
   teus
   pensamentos
   inquieto
   tua razão
   latejam
   teus sentidos
   e amanheces
   em mim
   assim
   sem
   nem saber
  

  
  
  
  .
  
  

  
  
  
  
  
  

  
  
  
  
  
  
  

  
 nada mais
 além
 de restos
 humanos
 a sucumbir
 entre
 os que
 podem
 e têm
o poder
 nas mãos
nada mais
há imaginar
impossível
quando o
próprio
homem
acorrenta
o homem
em suas
cavernas
nada mais
resta
a não ser
lutarmos
incessantemente
para
SERMOS.




sábado, 15 de setembro de 2012

vem comigo
que a manhã
já chega
e esta noite
longa
já inicia
vem comigo
e traz contigo
teus silêncios
e porquês
eu quero
duvidar,
sentir,
rir e
lutar
por algo
em nós
e fora
de nós
vem comigo...


domingo, 9 de setembro de 2012


 mais perto a respiração no toque o toque na pele a pele na língua a língua na alma o instante agora
      
      

sábado, 8 de setembro de 2012



    o que vejo
    o que penso
    o que me é
    fugidio
    me consome
    e dilacera
    tenho apenas
    a beleza
    deste poema
    que por ser
    neste momento
    me basta
    amanhã...
    nada sei
    e tudo
    voltará
    a me consumir
    novos poemas
    grávidos
    de mim
    abortarei
    para minha
    ilusão
   
   
   
   


  a cada nova
  manhã
  a cada nova
  solidão
  o pensamento
  me engole
  intransitivamente


     o que sei
     e o que não sei
     é o que sou
     se chegas
     mais perto
     não serei
     mais o que sou
     serei dúvida
     e ...
    
   

    
    



           quero
           que me
           provoques
           com o
           pensamento
           com a
           palavra
           com o
           toque
           com a
           língua
           com as
           verdades
           e inverdades
           que inquietam
           quero
           que me
           provoques
           inteira
          
       
       
          
        
          
          

   
        
        



        estar
        em mim
        onde tu
        me habitas
        onde teu grito
        me ensurdece
        onde teus vazios
        me inquietam
        tudo
        em mim...
        é
        cumplicidade
      
       
       
       
       
       
       
       

    

    ando
    meio do avesso
    coração
    inquieto
    aos tropeços
    são os homens
    as mulheres
    as ideias
    os pseudo ideais
    e...
    os seres humanos
    como ratos
    pelas ruas
    ao amanhecer
    o homem
    condenando
    o homem
    mutilação
    diária
    sem fim
    e...
    ando assim
    coração
    inquieto
    aos tropeços