domingo, 27 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
UM DIA DEPOIS DE HOJE
Nada vai ficar no lugar.Nunca fica.Nem este copo de vinho,amanhã estará em seu lugar.E nem eu.
E não faço a menor força para que isto aconteça.Depois da ligação,te odiei um pouco mais por tudo que não consigo conter em mim.Pela falta assustadora que me faço a cada dia e que transfiro pra ti. E mesmo sabendo disto ou querendo isto,não to vendo o rumo.Eu perdi o rumo!.Estou dando voltas e mais voltas a tua procura,a minha procura.Mais vinho, só assim a lucidez me acompanha. Não aguento mais os monólogos que me ensurdecem diariamente.Quero a beleza de ser-mos.Quero a alegria da troca.Quero a fome que queima.
Isto é vida! Será que consegues entender? Será que consegues descer um pouquinho do teu altar e entender o que acontece entre a carne e os ossos?
Mesmo que não desças, que não venhas,eu não vou perder-me de novo.Não me permitirei isto e não te darei este prazer.Mesmo que este copo seja pouco e outros tantos também, eu estarei em pé amanhã, mesmo sem nada no lugar , nem mesmo eu.
E quando eu me encontre,encontre o copo, encontre o rumo,encontre a beleza,encontre a troca e a fome me queime...
Neste dia então, eu te sepulto!E te levo,uma vez mais, flores, pela última vez.
domingo, 13 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
RESTOS
Tudo acontecia rápido demais,a menos de uma hora,tinha certezas absolutas e nada do que agora ouvia em revelação ,era previsível.Aliás,estar ali frente à frente,também não era previsível.
Uma confissão atrás da outra.Do outro lado ,o amigo ironizava tudo,como se não bastasse a dor que viria com a ressaca.Um e outro humilhavam em cada olhar trocado ou palavra dita.
Queria este momento para poder libertá-la!Como um Deus quero libertá-la para a felicidade!
Um mistura de raiva e pena tomou conta de mim.
Até onde a sanidade nos levará?
Queria a insanidade deste momento ,apenas.Queria beber-te até...minha alma sentir-se exausta e plena.
Sair do fundo de mim mesma e poder olhar-me de frente mais uma vez.Sem esconderijos onde se inventam amores para aliviar as ausências
Tua confissão não me libertará, me agride e faz sangrar.
E hoje não consigo lembrar mais do que isto.Como nas palavras de Cortázar:"Era perfectamente natural que te acordaras de él, a la hora de las nostalgias,cuando uno se deja corromper por esas ausencias que llamamos recuerdos y hay que remendar con palavras e con imágenes tanto hueco insaciable"
Não acredito na tua felicidade forjada.Se esfacelará como a minha.E...estaremos sós com os restos de nós.
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