quinta-feira, 29 de agosto de 2013
domingo, 30 de junho de 2013
terça-feira, 25 de junho de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
A única cúmplice de minha loucura.Tua língua em minha mente. Língua que fala, molha e lambe palavras paridas com dor e ausência. Minha cúmplice quando a vida foge e sossega nas lembranças.
Desde quando foi assim? Não sei. Não quero saber.Não me aliviaria em nada. O vazio permaneceria aqui.Ainda maior, porque sou mais caminhos e mais escolhas agora.Para que buscar no tempo o que o tempo não consegue dissolver,desfazer,apagar.Nada que os dias não amenizem o peso. É leve como deve ser o peso das escolhas se comparado aos tropeços das horas.E pesado como é o peso das ausências,das perdas irreparáveis de nós mesmos.Perder-se esta é a maior dor. Mas tê-la como cúmplice é meu maior tormento. Senti-la molhada,sussurrando o que minha pele suplica é meu maior prazer. Estou aqui e isso hoje é tudo.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Para não dizer adeus
Com a ponta dos dedos massageia os pés.Devagar,a suavidade é precaução,a dor é tanta que teme a si mesma.
Nem lembra a última vez que necessitou aliviar a dor .Há muito a dor era tão constante que já sentia-se anestesiada.Hoje a sentira novamente.Estava viva.
Atira-se na cama,após longos minutos de massagem.O ventilador não era suficiente.Olha o quarto ao redor ,sorri,nada disto importa,o conforto vinha de dentro,vinha da dor.Sentir-se viva novamente era bem mais que um quarto de hotel cinco estrelas com climatização e serviço de quarto. Rola na cama,de um lado para o outro,como que buscando encontar no emaaranhado de lembranças ,uma! A mais perfeita para o momento,a palavra que a memória nunca apagou,o toque que a pele sentiu a vida inteira.O olhar,a busca,a inspiração,a loucura para continuar.
Aos poucos todas as imagens voltam aos seus lugares e tudo reinicia.A mente é rápida ,a fuga é vital.A vida não espera.Tem sede de vida.E sabe que não conseguirá mais fugir de sua fuga. Sente a música sem ouví-la "hay cosas que te ayudan a vivir".
Foi assim a vida inteira,ou quase.Desde aquele inverno...
Abre os olhos,as pernas agora é que estão doloridas.Nem sentiu adormecer.As pernas dobradas para fora da cama formigavam.Levanta-se ,abre a janela.Deixa o sol invadir o quarto e tocar sua pele.As ruas estreitas,tão sonhadas,estavam ali, a sua frente ,a sua espera.
Nunca haviam combinado esta viagem juntos,mas sabia que era tambem seu sonho.Conhecia-o quase mais que a si mesma.
Toma uma ducha e sai ao seu encontro.Quer encontar-se nesse lugar.
-Perdonáme señorita.
Ela sorri agradecendo o senhorita com os olhos e dá espaço na estreita calçada para aquele homem e seus filhos.
No café,escolhe a mesa perto à janela.
-Lo de siempre señora.
-Sorri novamente como que concordando. Com certeza a confundiu.
- Su esposo no viene esta mañana?
Antes que possa responder,alguém chama a garçonete.
Olha confusa para a porta.Vê que a garçonete não estava a confundindo.Ela que não acreditara mais em sua loucura,em sua vida.
Ele abre a porta e sorri.Vai em sua direção. A beija suavemente.Estende a mão.
E como cúmplices de uma vida inteira,caminham lado a lado, as palavras sabem que o silêncio fala mais e ameniza a dor.
Do outro lado alguém os observa:
-Como ela está doutor:
Ainda o espera,todas as manhãs.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
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